As amígdalas e as adenóides são componentes do sistema linfático que desempenham um papel importante na defesa do organismo contra infecções, principalmente nos primeiros anos de vida. As amígdalas estão localizadas na parte posterior da garganta, enquanto as adenóides encontram-se na parte de trás do nariz. Estas estruturas podem estar envolvidas em processos infecciosos e inflamatórios, especialmente em crianças.
As principais causas de problemas nas amígdalas e adenóides incluem:
Infecções (aguda, recorrente ou crónica): As amígdalas e adenóides podem ser afetadas por infecções víricas(como o vírus da gripe) e bacterianas (como a faringite estreptocócica), levando à sua inflamação aguda. Nos casos em que estas infecções se repetem frequentemente consideramos que se trata de uma criança com infecções recorrentes.
Hiperplasia/Hipertrofia: Tendo em conta o seu importante papel nos primeiros anos de vida é normal um aumento destes tecidos até aos 6-7 anos. No entanto, quando este é desproporcional e se associa a sintomas de obstrução da via aérea superior é importante procurar um otorrinolaringologista.
Os sintomas comuns associados a problemas nas amígdalas e adenóides incluem:
Dor de garganta: Sensação de dor ou desconforto na garganta.
Dificuldade em engolir: A inflamação ou o tamanho aumentado das amígdalas pode dificultar a deglutição.
Obstrução nasal: O aumento das adenóides pode causar dificuldade respiratória pelo nariz.
Ronco e apneia do sono: Problemas nas amígdalas e adenóides podem levar a distúrbios respiratórios durante o sono, com ressonar e pausas respiratórias.
Febre: Comum em casos de infecção.
Para diagnosticar problemas nas amígdalas e adenóides, na consulta de ORL serão avaliados:
História Clínica e Exame Físico: Avaliação dos sintomas e exame da garganta e nariz.
Testes Laboratoriais: Análises de sangue podem ser realizadas para identificar infecções ou outros problemas subjacentes.
Avaliação endoscópica e/ou exames de imagem: A avaliação das amígdalas e as suas características é fácil através do exame objectivo, pedindo à criança para abrir a boca. No caso das adenóides, não é possível a sua visualização directa desta forma. Assim, sempre que se torna necessária uma inspecção directa das adenóides, pode-se recorrer à realização de um exame endoscópico na consulta. Menos comumente (principalmente pela exposição a radiações), em casos em que não é possível a realização da avaliação anterior, pode ser requisitada uma radiografia simples.
O tratamento de problemas nas amígdalas e adenóides varia conforme a gravidade e a causa:
Medidas Gerais (nos casos de infecções agudas):
Hidratação: Beber líquidos quentes pode ajudar a aliviar a dor de garganta.
Analgésicos: Medicamentos podem ser administrados para reduzir a dor e o desconforto.
Tratamento Médico:
Antibióticos: Prescritos se uma infecção bacteriana for confirmada.
Tratamento Cirúrgico:
Amigdalectomia (remoção das amígdalas) e adenoidectomia (remoção das adenóides) podem ser recomendadas em casos de infeções recorrentes ou obstrução significativa.
As amígdalas e adenóides desempenham um papel crucial na proteção do organismo contra infecções. No entanto, quando pelo seu tamanho ou pela sua infecção crónica, se associam a sintomatologia importante é fundamental a avaliação numa consulta de ORL para um correcto diagnóstico e instituição do tratamento mais adequado.
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