Reabilitação Auditiva
A Organização Mundial de Saúde estima que cerca de 20% da população mundial sofra de perda auditiva (1,5 mil milhões de pessoas).
Dentro destas, 460 milhões necessitam de alguma forma de reabilitação auditiva.
Em Portugal há cerca de um milhão de pessoas com perda auditiva.
A surdez pode estar presente à nascença – surdez congénita – ou desenvolver-se em qualquer altura da vida – surdez adquirida.
A surdez congénita pode ter origem genética ou ser causada por alterações que ocorrem durante a gravidez ou o parto. Afeta 1 em cada 1000 recém-nascidos, muitas vezes é profunda e carece de deteção e reabilitação precoces.
A surdez adquirida pode dever-se a infeções do ouvido (otites agudas ou crónicas), a infeções sistémicas (por exemplo, meningite, papeira), a traumatismo acústico agudo ou a exposição recorrente e prolongada ao ruído e ao envelhecimento.
As dificuldades auditivas podem afetar a atividade profissional, a convivência social e a qualidade de vida.
Com o advento tecnológico as opções de reabilitação auditiva são cada vez mais e melhores.
As hipóteses de reabilitação incluem:
– Tratamento Médico: remoção de cerumen, tratamento de infecções(…)
– Tratamento Cirúrgico: em casos de otite média crónica, otosclerose, malformações(…)
– Dispositivos Médicos:
– Próteses auditivas: São, por norma, a primeira opção de reabilitação. Estes dispositivos captam o som ambiente através de um microfone e após optimização e amplificação do som, transmitem-no ao ouvido médio. Poderão ser utilizadas dentro do canal auditivo ou atrás da orelha.
– Implantes Osteointegrados ou Implantes Activos do Ouvido Médio: são alternativas às próteses auditivas, nas situações em que estas não podem ser utilizadas ou em que se procura uma qualidade de som mais natural. Ambos são constituídos por dois componentes: um interno, cirurgicamente implantado e um externo onde se encontra o microfone e a bateria.
– Implantes Cocleares: são dispositivos utilizados quando o benefício com as opções de reabilitação anteriores não é satisfatório. Convertem o estímulo auditivo em energia eléctrica que é transmitida directamente ao nervo auditivo através de um eléctrodo implantado. Possuem também dois componentes, um externo e um interno implantável.
No Hospital de Santa Maria possuímos uma equipa multidisciplinar capaz de o (a) ajudar a encontrar, implementar e monitorizar a melhor estratégia de reabilitação no seu caso.
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